"(...)A voz será mais bela quando não é esforçada e quando flui com naturalidade. O esforço feito no tornozelo para inclinar o corpo para a frente, ajudando o canal toroidal de propagação de voz, mais conhecido pelo percurso de estômago-pulmões-esófago-garganta-boca, é muito importante para o bom resultado do canto. Tal como na vida, tudo tem um início e um fim. Desta forma temos de aceitar a natureza do canto com o início de vida no estômago, seguido por uma contracção abdominal de forma a regular o fluxo de ar saído pelos pulmões e a arte bocal para caracterização do tom.
O som final da voz é realizado no palato (céu-da-boca) porque este apresenta a forma geométrica ideal para uma boa propagação. Não querendo discutir a amplitude da abertura da boca, mais uma vez, recomendo a abertura máxima possível, com os respectivos lábios ligeiramente contraídos, para que a boca contenha, de uma forma imaginária, um ovo no seu interior (ninguém falou em ovos de elefante). (...)"
Emanuel Neto, CMUC TIME, 2006
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